quarta-feira, 11 de abril de 2018

Quimioterapia para o Câncer de Mama

Quimioterapia é o tratamento com medicamentos para destruir o câncer, que podem ser administrados por via intravenosa (injeção numa veia) ou por via oral. A quimioterapia sistêmica é administrada na corrente sanguínea para poder atingir as células cancerígenas em todo o corpo.

Existem várias situações em que a quimioterapia pode ser indicada:


  • Quimioterapia Adjuvante. É administrada após a cirurgia para destruir as células cancerígenas remanescentes do procedimento cirúrgico ou mesmo disseminadas pelos exames de imagem. A químio adjuvante pode reduzir o risco da recidiva.

  • Quimioterapia Neoadjuvante. É administrada antes da cirurgia para tentar reduzir o tamanho do tumor de modo que ele possa ser retirado com uma cirurgia menos extensa. Em função disso, a químio neoadjuvante é frequentemente usada para tratar cânceres localmente avançados. Além disso, administrar a químio antes do tumor ser removido, dá para prever como o tumor responde ao tratamento. Se o primeiro esquema de medicamentos quimioterápicos não reduzir o tumor, o médico saberá que outras drogas serão necessárias.

  • Quimioterapia para Doença Metastática. A químio pode ser usada como tratamento principal para a doença disseminada.

Administração da Quimioterapia

Na maioria dos casos, em especial no tratamento adjuvante e neoadjuvante, a quimioterapia é mais eficaz quando combinações de dois ou mais medicamentos são utilizados. Muitas combinações estão em uso no momento, mas, ainda não está clara qual combinação é a melhor.

Os medicamentos mais comuns utilizados para a quimioterapia adjuvante e neoadjuvante incluem:

  • Antraciclinas, como doxorrubicina e epirrubicina.
  • Taxanos, como paclitaxel e docetaxel.
  • 5-fluorouracilo.
  • Ciclofosfamida.
  • Carboplatina.

Na maioria das vezes, são usadas combinações de dois ou três desses medicamentos.

Quimioterapia para Câncer de Mama Avançado


Os medicamentos quimioterápicos úteis no tratamento do câncer de mama avançado incluem:

  • Docetaxel.
  • Paclitaxel.
  • Agentes da platina (cisplatina, carboplatina).
  • Vinorelbina.
  • Capecitabina.
  • Doxorrubicina.
  • Gemcitabina.
  • Mitoxantrona.
  • Ixabepilona.
  • Eribulin.

Embora as combinações de medicamentos sejam muitas vezes usadas para tratar o câncer de mama inicial, o câncer de mama avançado é mais frequentemente tratado com quimioterapia. Ainda assim, algumas combinações, como carboplatina ou cisplatina mais gemcitabina, são comumente usadas para tratar o câncer de mama avançado.

Para os tumores HER2+, um ou mais medicamentos específicos que tenham como alvo a proteína HER2 podem ser administrados junto com a quimioterapia.

Os medicamentos quimioterápicos para câncer de mama são geralmente administrados via intravenosa, o que pode ser feito em consultório médico, clínica ou em ambiente hospitalar.

A quimioterapia é administrada em ciclos, com cada período de tratamento seguido por um período de descanso, para permitir que o corpo possa se recuperar. Cada ciclo de quimioterapia dura em geral algumas semanas.

Possíveis Efeitos Colaterais

Os medicamentos quimioterápicos podem provocar efeitos colaterais. Estes efeitos dependem do tipo e da dose dos medicamentos administrados e do tempo de tratamento. Estes efeitos colaterais podem incluir:

  • Perda de cabelo.
  • Alterações nas unhas.
  • Feridas na boca.
  • Perda ou aumento da apetite.
  • Náuseas e vômitos.
  • Diarreia.
  • Infecção, devido a diminuição dos glóbulos brancos.
  • Hematomas ou hemorragias, devido a diminuição das plaquetas.
  • Fadiga, devido a diminuição dos glóbulos vermelhos.

Esses efeitos colaterais geralmente desaparecem após o término do tratamento. Muitas vezes, existem maneiras de diminuir esses efeitos colaterais. Por exemplo, podem ser administrados medicamentos para prevenir ou reduzir as náuseas e vômitos.

Entretanto, alguns medicamentos também podem provocar outros efeitos colaterais. Converse com seu médico para saber como gerenciar os efeitos possíveis devidos aos medicamentos específicos que você está recebendo.

Neuropatia. Muitos medicamentos usados no tratamento do câncer de mama, incluindo os taxanos, agentes de platina, vinorelbina, erubulina e ixabepilona, ​​podem danificar nervos do cérebro e da medula espinhal, o que pode provocar sintomas como formigamento, sensibilidade ao frio ou ao calor ou fraqueza principalmente nas mãos e nos pés. Na maioria dos casos, isso desaparece com o término do tratamento.

Síndrome Mão-Pé. Certos medicamentos quimioterápicos, como a capecitabina e a doxorrubicina podem provocar irritação nas palmas das mãos e nas plantas dos pés. Isso é denominado síndrome mão-pé. Os primeiros sintomas incluem dormência, formigamento e vermelhidão. Se piorar, as mãos e os pés podem inchar, provocando desconforto ​​ou até dor. Não existe um tratamento específico, embora alguns cremes possam ajudar. A melhor maneira de prevenir essa síndrome é informar o médico assim que os sintomas iniciais aparecem, para que a dose de medicamento possa ser alterada.

Chemo Brain ou Nevoeiro Quimioterápico. Muitas mulheres tratadas contra o câncer de mama relatam problemas de concentração e memória, que podem durar muito tempo. Embora muitas mulheres associem isso à quimioterapia, observou-se esse efeito também em mulheres que não fizeram químio como parte do tratamento. Alguns estudos mostraram que o nevoeiro quimioterápico é um efeito colateral do tratamento, e seus sintomas geralmente duram alguns anos.

Fadiga. A fadiga é outro efeito colateral comum da quimioterapia, que pode durar alguns anos. Muitas vezes, pode ser controlada, por isso é importante avisar o médico assim que os sintomas aparecem para que ela possa prescrever medicamentos que ajudem a gerenciar os efeitos provocados pela fadiga.

Problemas Cardíacos. A doxorrubicina, epirrubicina e alguns outros medicamentos quimioterápicos podem provocar problemas cardíacos o que se denomina cardiomiopatia. O risco é maior se o medicamento for usado por um longo período de tempo ou em altas doses. A maioria dos médicos acompanhará a função cardíaca com um ecocardiograma antes de iniciar o uso desses medicamentos. Eles também controlaram as doses, observaram os sintomas dos problemas cardíacos e poderão repetir os exames cardíacos durante o tratamento. Se a função cardíaca se altera, o tratamento com esses medicamentos é interrompido. Entretanto, em algumas mulheres, os sinais podem não aparecer até meses ou anos após o tratamento terminar.

Aumento do Risco de Leucemia. Muito raramente, determinados medicamentos quimioterápicos podem provocar doenças como a síndrome mielodisplásica ou a leucemia mieloide aguda. Quando isso acontece, geralmente é cerca de 10 anos após o tratamento. Para a maioria das mulheres, os benefícios da quimioterapia superam os riscos desta complicação rara.

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