sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Lugo reage bem a tratamento quimioterápico, diz Presidência da República paraguaia

O médico pessoal do presidente do Paraguai, Fernando Lugo, passou a acompanhá-lo nos últimos dias. Em comunicado, a Presidência da República paraguaia negou que Lugo apresente reações ou mal-estar em consequência do tratamento quimioterápido que faz para a cura de um linfoma. A informação é que ele mantém as atividades e o mesmo ritmo de trabalho de antes do diagnóstico de câncer.

De acordo com o comunicado, a presença do médico Nestor Martinez é apenas uma rotina. A Presidência da República informou ainda que Lugo apresenta “boa saúde” e que não houve sinais de incômodos ou reações causados pelo tratamento médico.

No último dia 4, Lugo fez uma cirurgia de emergência para a retirada de um gânglio na virilha. O diagnóstico foi de malignidade. Em seguida, houve uma nova informação que o presidente estava com um linfoma. Imediatamente, ele viajou para São Paulo, onde fez mais exames e se submeteu à primeira de uma série de sessões de quimioterapia, no Hospital Sírio-Libanês.

Lugo tenta manter o mesmo ritmo de atividades, sem alterar agendas nem suspender eventos públicos. Ainda hoje, o presidente paraguaio promete divulgar, em cadeia de rádio e televisão, um balanço do período em que está no governo. A iniciativa ocorre no momento em que o Ministério da Defesa denunciou a existência de um plano, atribuído a adversários políticos, para desestabilizar o governo Lugo.

domingo, 25 de julho de 2010

Acupuntura ajuda quem passa por quimioterapia

O tratamento com acupuntura melhora a qualidade de vida de pacientes que estão passando por quimioterapia. O resultado faz parte de uma pesquisa da Escola de Enfermagem da USP-RP. A acupuntura funciona como terapia complementar e diminui os efeitos colaterais da quimioterapia, como náuseas, perda de apetite e dor no corpo, além de ajudar no equilíbrio emocional dos pacientes.

A pesquisa é realizada em pacientes do hospital Beneficência Portuguesa há três anos. A professora responsável pela pesquisa, Namie Okino Sawada, diz que a terapia complementar faz parte do avanço da medicina. “Antes a preocupação era prolongar a vida de um paciente, agora a medicina acha necessário também melhorar a vida desse paciente que passa por tratamento com efeitos muito significativos.”. Silvia Helena de Almeida Magalhães, 60 anos, participa da pesquisa há dois anos. Ela fez quimioterapia por um ano e meio para tratar de um câncer no mediastino (região torácica do corpo). “Os benefícios são tão evidentes que meu médico se surpreendia, pois eu era a única paciente que nunca reclamava.”

O estudo mostra que os pacientes que recebem a terapia complementar uma vez por semana são beneficiados com efeitos curativo e preventivo. “Aqueles pacientes que vêm uma vez por semana para a aplicação das agulhas têm o fim dos efeitos colaterais existentes e já estão se prevenindo de possíveis efeitos nas próximas sessões de quimioterapia”, disse a pesquisadora, Adriana Cristina Nicolussi.

A médica responsável pela aplicação das agulhas, Liyoko Okino, diz que a técnica busca o equilíbrio tratando dores agudas e crônicas, melhorando a imunidade do paciente e o emocional. “A acupuntura melhora o potencial de autocura do paciente e para isso é preciso que ele esteja em equilíbrio físico e emocional.” (Maria Carolina Freitas)

Atendimentos são no Gaceon

Os atendimentos aos pacientes com câncer são feitos no Grupo de apoio ao Centro Especializado de Oncologia da Beneficência Portuguesa (Gaceon). A entidade, sem fins lucrativos, existe há 15 anos e funciona ao lado do hospital. O Gaceon tem cerca de 30 voluntários e oferece serviços como fisioterapia e atendimento psicológico, além de cursos como costura e bordado. A entidade oferece também café da manhã e lanche no período da tarde. Joana D'arc de Sá, 40, procurou pelo tratamento indicada por uma amiga e está otimista com os resultados. “Vim com muita força de vontade, pois acabei de fazer uma sessão de quimioterapia e estou sentindo todos os efeitos colaterais, mas acredito que vai ser muito bom.” Todos os serviços realizados pelo Gaceon são mantidos por doações. “Quem puder ajudar nós agradecemos, porque oferecemos tudo gratuitamente”, disse a presidente da entidade, Rosângela Valim. O Gaceon fica na rua Bernadino de Campos, 118.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Unimed de Florianópolis (SC) é condenada por negar remédio em quimioterapia

A Unimed de Florianópolis (SC) foi condenada a pagar R$ 15 mil de indenização por danos morais a uma usuária nesta sexta-feira (15) por não ter fornecido um medicamento auxiliar de quimioterapia.

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Segundo o Tribunal de Justiça de Santa Catarina, Iracema Antunes Batista havia firmado contrato de prestação de serviços médico-hospitalares com a Unimed em 2001. Durante um tratamento de câncer no ovário, ela precisou do remédio Granulokine, que ameniza os efeitos agressivos da quimioterapia, mas a empresa negou o pedido sob argumento de que o plano não cobria esse tipo de serviço.

Ela entrou com ação na Justiça e conseguiu o medicamento, mas a decisão da primeira instância negou o pedido de indenização por danos morais.

A paciente recorreu da decisão e a 1ª Câmara de Direito Civil do Tribunal de Justiça fixou o valor da indenização.

"No momento em que mais necessita dos serviços objeto do pacto, já adoecida e sem forças para travar longos embates administrativos com a cooperativa contratada, vê-se impedida de servir-se do tratamento médico apto a afastar a enfermidade e o risco de vida", afirmou o relator do recurso, desembargador substituto Carlos Adilson Silva.

A Unimed não foi encontrada para comentar o caso neste sábado, mas sua versão será incluída neste texto assim que houver manifestação.