quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Quimioterapia, sintomas, efeitos colaterais

As drogas quimioterápicas têm a vantagem de se distribuir por todos os locais do corpo, atingindo, desta forma, todas as células que estão com problemas. No entanto, células normais também são atingidas, podendo provocar alguns sintomas, que são chamados de efeitos colaterais.

Estes efeitos não são obrigatoriamente apresentados por todas as pessoas que fazem quimioterapia, uma vez que dependem tanto do tipo de drogas utilizadas quanto da forma que o organismo responde ao tratamento. Assim, alguns pacientes podem apresentar efeitos colaterais mais severos enquanto outros podem mesmo não apresentar sintoma algum. De uma forma ou de outra, o médico deve sempre ser informado sobre os sintomas apresentados e seu tempo de duração.

De um modo geral, a maioria desses sintomas desaparece à medida que o paciente vai se distanciando do final das últimas sessões. Dentre as alterações mais comumente apresentadas, destacamos:

Náuseas e Vômitos

São sintomas muito desagradáveis, descritos por muitos pacientes como "piores do que dor". Pode ser a principal causa de queda de qualidade de vida relacionada ao tratamento. A náusea e/ou o vômito ocorrem em 40% a 70% dos pacientes com câncer.

Estes efeitos aparecem porque a quimioterapia pode causar irritação nas paredes do estômago e intestino provocando enjôos e vômitos. Ela pode também agir diretamente em áreas do cérebro sensíveis, responsáveis por detectar intoxicações em geral - chamados de "centros do vômito".

Esses sintomas, quando associados apenas à quimioterapia, ocorrem principalmente no dia da infusão, podendo se prolongar por até 4 dias. A intensidade varia de acordo com o organismo do paciente e com o tipo de quimioterapia utilizada. Vários medicamentos foram lançados nos últimos anos para ajudar no controle da náusea e do vômito, após a quimioterapia. O médico responsável pelo tratamento deve prescrever os medicamentos mais apropriados para o tipo de quimioterapia que está sendo feita.

Algumas mudanças nos hábitos diários e na alimentação também auxiliam o paciente no combate desses sintomas, tais como:

preferir alimentos com rápida digestão
não encher o estômago de uma só vez, preferindo fazer várias alimentações ao dia, em pequenas quantidades
evitar alimentos gordurosos e frituras
comer devagar, mastigando bem os alimentos
preferir alimentos frios, gelados, ou em temperatura ambiente
evitar odores fortes
procurar não exercer atividades que exijam esforço físico
procurar vestir roupas leves

Feridas na boca

Alguns quimioterápicos podem provocar aparecimento de aftas, irritação nas gengivas, na garganta e até feridas na boca. Isso pode causar muita dor e ainda dificultar a alimentação. Algumas medidas podem ser seguidas, nestes casos:

manter a boca sempre limpa, escovando os dentes com maior freqüência
evitar ingerir alimentos duros, quentes, ácidos e condimentados
procurar usar cremes dentais mais suaves, fazendo bochechos quando necessário com produtos indicados pelo médico
ingerir maior quantidade de líquidos (água, chás e sucos)

Febre

Alguns dias após a quimioterapia, há uma diminuição temporária das defesas do organismo, que fica predisposto a contrair mais facilmente infecções por vírus, bactérias e fungos. A febre é um sinal de alerta para a existência de infecções no organismo.

Nesta situação, o médico deve ser imediatamente avisado, para que possa iniciar o tratamento adequado. O risco de infecções mais graves, pelo fato de o paciente estar com a imunidade comprometida é muito maior.

Diarréia

Algumas drogas quimioterápicas podem causar diarréia em maior ou menor intensidade, dependendo da reação do organismo. Se ela persistir por mais de 24 horas, o paciente deverá obter orientação médica. Nos casos menos intensos, algumas medidas podem ajudar:

procurar manter uma alimentação mais líquida (chás, água e sucos)
evitar tomar leite e derivados
procurar fazer pequenas refeições, evitando alimentos gordurosos e frituras

Um comentário:

  1. faço quimioterapia pelo sus, e gostaria de saber se o tratamento particular e mais eficiente ou mais rapido

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